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Lidere as mudanças e desafios com novas tendências e tecnologias

Descubra as principais tendências para RH e Lideranças em 2024 e como se adaptar às novas realidades do trabalho com tecnologia, engajamento e desenvolvimento estratégico.


O mundo pós-pandêmico trouxe significativa aceleração às tendências do campo da tecnologia e, com isso, uma reconfiguração importante nas compreensões sobre temas como trabalho e ideal de carreira. Ao mesmo tempo, a maior longevidade da população implica, cada vez mais, que o trabalho ao qual as pessoas se dedicam, seja interessante para elas. Ou seja, o trabalho tem se tornado mais uma dimensão cotidiana da vida de uma pessoa do que o sentido total da sua existência. Assim, outra tendência acelerada por este momento é a demanda por trabalhos que não apenas sejam financeiramente compensadores, mas também intrinsecamente gratificantes.


Novas expectativas dos colaboradores

As pessoas não trabalham mais para aproveitar a vida na aposentadoria, mas buscam um trabalho alinhado com uma proposta de equilíbrio entre pessoal e profissional, negociando entrega e qualidade de vida. Essas questões certamente se desdobram sobre novos modos de pensar e fazer a gestão de pessoas. Afinal, estamos fazendo a gestão de novos olhares e aspirações diante de projetos de vida e carreira. E mais do que isso: enquanto RH, devemos reorientar nossos focos de atuação a partir de novas ferramentas e modelos de trabalho.


RH estratégico em um mundo em mudança

É essencial encontrar lugar nesse movimento de reorganização do trabalho de forma estratégica, buscando atender aos novos compromissos do RH, valendo-nos das recentes soluções tecnológicas trazidas no bojo da pós-pandemia. A partir da aproximação entre Gente e Tech, o profissional do RH pode focar menos em tarefas repetitivas e se direcionar ao que importa de fato, as pessoas, suas expectativas, demandas e potências. Nessa perspectiva, encontramos tempo e recursos para focar em questões mais estratégicas, como repensar os meios e enfoques do treinamento das lideranças hoje. A que demandas o líder que surge nesse novo modelo de trabalho deverá atender? A partir de que recursos poderá manter a motivação de equipes que buscam maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional? E o mais importante, como entregar respostas mais individualizadas à carreira dos liderados de forma alinhada com a estratégia do negócio?


Liderança para as novas gerações

Um aspecto a ser considerado para responder a tais questionamentos é a coexistência de diferentes gerações em um mesmo ambiente de trabalho, característica que também resulta da variável longevidade, sendo este um fator marcante nas equipes de trabalho de hoje em dia. Num contexto em que várias faixas etárias compartilham o ambiente de trabalho e frequentemente ocupam posições hierárquicas distintas, é certo que haverá conflitos e desencontros.


Portanto, faz-se necessário um letramento das gerações, reconhecendo as

necessidades e expectativas de cada público, e buscando extrair os aspectos mais positivos que cada geração tem a oferecer, principalmente em se tratando da nova geração. Logo, a chegada da geração Z no ambiente corporativo vem propondo novas direções frente ao que se conhece por plano de carreira, estrutura e cultura organizacional. Esses jovens profissionais valorizam fortemente a qualidade de vida e buscam um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional. Além disso, estão em busca de oportunidades que permitam a adequação do trabalho às suas habilidades, metas de carreira e valores que consideram relevantes para a sociedade, como a sustentabilidade, a diversidade e a inclusão. Jean Carlo Nogueira, Chief People Officer da Gol Linhas Aéreas, entende que é necessário dar espaço para as perspectivas e ambições das gerações mais jovens sem perder o foco da cultura constitutiva da organização, preservando a identidade do negócio com flexibilidade. Para isso, é importante expor para os profissionais da nova geração o que o negócio demanda deles para manter seu crescimento sustentável, sem se desvencilhar do que assegura a identidade da organização. Ao mesmo tempo, a motivação desse público, deve ser garantida pelo incentivo à sua autonomia e ao potencial criativo frente à exploração de possibilidades para a própria carreira. Apostar sempre na educação continuada e colaborativa também é um caminho promissor, sobretudo porque as novas modalidades de inserção no mundo do trabalho também identificam maior sentido em contribuir em um espaço onde percebem oportunidade de desenvolvimento contínuo.


Tecnologia para otimizar os processos de RH

O RH desempenha um papel crucial não apenas na contratação, mas também no

desenvolvimento e na permanência dos funcionários. Os líderes precisam entender que cada indivíduo é único e possui suas próprias vias de motivações, aspirações e habilidades, sendo essencial entregar respostas individualizadas e, em paralelo, alinhadas com a estratégia global da empresa. Nesse contexto, para que as práticas de gestão de pessoas sejam compatíveis a essas necessidades diversas e coexistentes, é preciso superar a cultura de limitação do RH às questões operacionais burocráticas. E é aqui que a tecnologia se torna forte aliada da área, trazendo benefícios em diferentes dimensões: automatização de tarefas; antecipação de tendências dentro das organizações, para assim entender o cenário demográfico de uma empresa; integração de dados e acessibilidade à informação; traduções necessárias etc.


A partir dessa reconfiguração da agenda do RH, os profissionais da área podem se

aliar de forma mais aproximada e estratégica às lideranças já atuantes e em formação de uma organização, maximizando o aproveitamento de ambos os lados. Em entrevista para a Cajuína, Débora Mioranzza (vice-presidente para as Américas da Degreed) destaca que não é mais possível recorrer a fórmulas prontas para engajar e desenvolver um público interno tão diversificado. Para a executiva, é essencial que o RH, em parceria com os líderes, lance mão de diferentes e flexíveis recursos e abordagens, para treinar e desenvolver esse contingente diverso de profissionais. É a partir desse modelo que os novos líderes serão (e estão sendo) formados - e desenvolver novos olhares e modos de fazer gestão e desenvolvimento de pessoas se torna essencial para que possamos arquitetar o futuro junto deles.

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